O Pensamento Arquitetural (Architectural Thinking) refere-se à mentalidade e abordagem adotadas para a concepção de sistemas de software, focando na compreensão e solução de problemas complexos através de decisões de alto nível sobre a estrutura e design do sistema.

Tradicional Visão de Arquitetura vs Design:

  1. Visão Tradicional:

    • Na visão tradicional, arquitetura e design de software são vistos como atividades distintas e separadas.
    • Arquitetura: Trata-se do esquema geral do sistema, abrangendo aspectos de alto nível como a escolha de tecnologias, padrões estruturais, e políticas globais.
    • Design: Refere-se aos detalhes de implementação em nível mais baixo, como a criação de algoritmos específicos e codificação.

    Esta separação pode levar a um desalinhamento entre as intenções arquiteturais e a implementação prática, pois as decisões tomadas pelos arquitetos podem não ser efetivamente comunicadas ou compreendidas pelos desenvolvedores.

Visão Colaborativa da Arquitetura e Design:

  1. Visão Colaborativa:

    • A visão colaborativa enfatiza a integração e interação contínua entre arquitetura e design.
    • Integração: Arquitetos e desenvolvedores trabalham juntos para garantir que as decisões arquiteturais sejam práticas e implementáveis, e que o design reflita as intenções arquiteturais.
    • Fluidez: A linha entre arquitetura e design é mais fluida, permitindo uma maior flexibilidade e adaptação às mudanças de requisitos ou tecnologias.

    Nesta abordagem, a arquitetura não é apenas uma fase inicial, mas um processo contínuo que evolui com o projeto. As decisões arquiteturais são informadas por feedback prático do desenvolvimento, e os desenvolvedores têm uma compreensão mais profunda das implicações arquiteturais de seu trabalho.

Conclusão:

O Pensamento Arquitetural é, portanto, uma abordagem holística que busca equilibrar as visões de alto e baixo nível no desenvolvimento de software. Ele reconhece a importância da colaboração, comunicação e adaptação contínua para criar sistemas que sejam não apenas tecnicamente sólidos, mas também alinhados com as necessidades do negócio e as realidades práticas da implementação.